terça-feira, 1 de outubro de 2013

PEDRO ALONSO LOPEZ, o "Monstro dos Andes"



Pedro Alonso Lopez nasceu em Santa Isabel, na vila de Tolima, Colômbia, no dia 8 de outubro de 1948. Seu pai, Megdardo Reyes, membro do Partido Conservador da Colômbia, morreu na guerra civil quando faltavam 6 meses para o nascimento de Pedro... este era o sétimo em uma família de treze filhos marcada pela miséria.

Meses depois, morando em El Espinal, segundo Pedro, sua mãe, Belinda Lopez Castaneda trabalhava como prostituta em casa, onde a sala foi separada apenas por uma cortina... do outro lado, a mãe recebia seus clientes, sendo possível as crianças presenciarem as interações obscenas entre eles.

Aos 8 anos de idade, a mãe pegou Pedro acariciando os seios de sua irmã mais nova, sendo expulso de casa e colocado em um ônibus que o deixou a cerca de 200km da família. A mãe de Pedro nega esse fato e diz que sempre pensou que o filho tivesse sido sequestrado na época de seu desaparecimento.

Mentira ou não, Pedro acabou nas perigosas ruas da Colômbia, país que na época tinha uma alta taxa de criminalidade. Um homem idoso o abordou na rua – ainda com seus 8 anos de idade – aproximou-se educadamente oferecendo comida e lugar para morar... menino ingênuo, concordou e foi com o estranho, que em vez do prometido, o levou a um prédio abandonado e o sodomizou por várias vezes, abandonando-o na rua depois...

Mais tarde, disse: “Eu perdi minha inocência com 8 anos de idade, então, eu decidi fazer o mesmo com o maior número de jovens que pude...”

A partir de então, desconfiado e aterrorizado, passou a dormir em becos e boxes vazios de mercado, de cidade em cidade, vivendo de modo precário. Para viver nas ruas, foi obrigado a se associar a outros meninos para se proteger de possíveis estupradores e ladrões, aprendeu a fumar crack e a lidar com facas em brigas de rua.

Em Bogotá, com 9 anos de idade, conheceu um casal de idosos que – desta vez, era verdade – lhe forneceu comida e casa, inscrevendo-o em uma escola para órfãos. Tudo correu bem por aproximadamente três anos. Aos 12 anos, um professor violentou Pedro, que resolveu fugir com o dinheiro da escola... voltou às ruas.

Nos primeiros anos procurou trabalho, mas nunca encontrou ou se fixava em algo por sua falta de experiência e baixa escolaridade, então, passou a viver de furtos, sofrendo frequentes prisões, onde sempre acabava libertado – mas nunca sem antes levar uma boa surra...

Aos 21 anos, foi acusado por roubo de um automóvel e acabou preso... após 2 dias na cadeia, foi agarrado por dois detentos mais velhos e, novamente, violentado pelos membros da gangue da prisão, um risco que corre todo detendo mais jovem nas prisões de todo o mundo. Não reclamou... pelo contrário, Pedro fez uma faca grosseira e matou três dos membros da gangue nas duas semanas que se seguiram... foi reconhecido como “legítima defesa”, gerando um acréscimo de apenas dois anos à sua sentença.

Vítimas

Ao ser libertado da prisão, Pedro deu início à sua vingança, caçando meninas. Viajou por quase todo o Peru, deixando uma estimativa de aproximadamente 100 (cem) meninas estupradas e assassinadas. Parece que raptava crianças indígenas, porém, foi capturado por um grupo de Ayachucos no norte do Peru, ao tentar raptar uma menina de 9 anos. Pedro foi espancado, desnudado e torturado e, quando estavam para enterrá-lo vivo, uma missionária americana interveio, convencendo-os a entregá-lo para a polícia. Pedro foi deportado em alguns dias, com as autoridades se recusando a ouvir as reclamações dos índios.

Então, Pedro retornou a viajar por toda a Colômbia e Equador, selecionando suas vítimas... uma onda de meninas desaparecidas foi inscrita como obra de ligas de escravidão ou prostituição, mas sem qualquer evidência firme sobre essas suspeitas.

Vítimas

Em 1980, com a inundação ocorrida próximo a Ambato, Equador, os corpos de quatro crianças desaparecidas foram revelados. Dias depois, Carvina Poveda observou Pedro deixando mercado de Plaza Rosa com sua filha de 12 anos... perseguiu Pedro, que foi capturado pelas pessoas da cidade e detido pela polícia, que começou a suspeitar.

Mediante o silêncio de Pedro, vestiram o padre Córdoba Gudino com roupas de presidiário e o colocaram na cela de Pedro... Gudino ganhou sua confiança e trocaram histórias sobre crimes a noite toda... confrontado com as confissões feitas ao padre, Pedro se abriu fazendo uma confissão completa.

Vítimas

Pedro disse que “andava pelas ruas à procura de uma menina com um certo olhar no rosto, um olhar de inocência e beleza”. Sobre sua tendência à pedofilia, disse: “É como comer frango... por que comer frango velho quando você pode ter pinto?”; “Eu queria tocar o mais profundo prazer e profunda excitação sexual, antes de sua vida murchar”.

Segundo Pedro, ele assassinou pelo menos 100 meninas no Equador, talvez 100 na Colômbia e “muito mais que 100” no Peru... dizia “gosto de meninas do Equador, elas são mais gentis e confiáveis... elas não desconfiam de estranhos como as meninas colombianas”.

No início, a polícia não acreditava nas grandiosas alegações do suspeito, mas as dúvidas se acabaram quando Pedro levou os detetives para 53 covas próximas à Ambato, ficando acorrentado enquanto os policiais desenterravam os restos de meninas de 8 e 12 anos... em 28 outros locais, os investigadores voltaram sem nada devido a incursões de animais predadores, mas a polícia já estava convencida...

Acusado por 53 homicídios, viu essa estimativa aumentar para 110 como resultado de suas confissões... condenado em 1981 por assassinato no Equador, Pedro foi sentenciado ao máximo de pena permitido no país: 16 anos. Com o tempo, por bom comportamento, Pedro se tornou elegível para a condicional em 1990.

Frase de Pedro: “Foi um momento divino, quando eu coloquei minhas mãos em volta do pescoço das meninas e vi a luz de seus olhos desaparecer... só quem mata sabe o que estou dizendo...”.

Após ter cumprido 14 dos 16 anos da pena máxima no Equador, foi libertado em 1994, e encaminhado à Colômbia, onde foi declarado insano e internado em um hospital psiquiátrico até 1998, onde ganhou a liberdade após ser declarado “são”, sob fiança de 50 dólares e a condição de informar o Judiciário todo o mês... isso nunca aconteceu.

Em 2002, a Interpol emitiu uma ordem de prisão contra Pedro por suspeita de um assassinato em El Espinal... nunca mais foi visto.

Interpol

Uma das frases “filosóficas” de Pedro: "O tempo da morte é apaixonante e emocionante. Algum dia, quando solto, vou sentir esse momento de novo. Feliz por voltar a matar. É a minha missão. "

Fonte: Asesinos en serie (site espanhol)
           Murderpedia.org
           Enciclopédia de Serial Killers, de Michael Newton

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