sábado, 3 de maio de 2014

CLÁUDIO DE SOUZA, o "Maníaco da Lanterna" - 53ª edição

Na época do crime

Cláudio de Souza, 40 anos de idade (em 2008), conhecido como “Peninha”, era um andarilho que vivia pelo mato sempre carregando várias sacolas plásticas presas a uma bicicleta. Armado com uma espingarda calibre 20, escondido no matagal, usava uma lanterna para iluminar a escuridão – como, por algum tempo, sua identidade era desconhecida, ganhou notoriedade como o “maníaco da lanterna”.

Segundo os investigadores, o assassino pegava uma mulher ou um casal de surpresa, arrastava para um local distante, amarrava e, se fosse um casal, atirava primeiro no homem e depois na mulher.

Preso pela primeira vez em abril de 2002, Cláudio confessou alguns assassinatos e disse que matava porque ouvia a “voz do demônio” o ordenando a fazer o mal. Encontrava suas vítimas em locais desertos e escuros da cidade, escolhidos por casais para namorar. Confessou nove dos quinze assassinatos dos quais o acusaram, e três vítimas nunca foram encontradas... pelo menos cinco das mulheres sofreram violência sexual antes de serem mortas. Atuou de 2001 a 2005.

As vítimas eram assassinadas na madrugada ou no início da noite, com lesões na região torácica provenientes de arma de fogo, seus corpos foram arrastados e com sinais de instrumento contundente na região da cabeça (pauladas). A polícia de Mato Grosso suspeitava que Cláudio tivesse matado aproximadamente 15 pessoas quando foi preso em flagrante na madrugada do dia 03 de abril de 2008, por porte ilegal de arma de fogo e posse de drogas. Na delegacia, foi reconhecido pelo investigador Ednaldo Rosa... Cláudio fugira da Cadeia Pública de Alta Floresta, no Mato Grosso, em janeiro de 2003, na companhia de mais nove detentos, e usava o nome falso de “Anderson Caetano da Silva”. Continuou pela cidade e voltou a atacar, fazendo quatro novas vítimas.

Nos pertences de Cláudio, além da lanterna, encontraram uma espécie de diário onde agradecia a Deus pela oportunidade de matar as pessoas que julgava impuras, além de um novo testamento edição de bolso.

O primeiro ataque foi a um casal, em abril de 2001, enquanto namoravam dentro do carro, próximo a uma estrada afastada. A mulher, Regina Maria Pereira, foi morta a golpes de faca e tiros de espingarda, mas o homem, José Carlos Santos, conseguiu escapar, embora perseguido pelo maníaco. Chamou a polícia e, ao retornar ao local, encontraram um bilhete que dizia “toma traidora” e as chaves do veículo foram roubadas. Pronunciado em 06 de dezembro de 2013 por furto e homicídio de Regina, e pela tentativa de homicídio de José, o julgamento está marcado para o dia 09 de maio de 2014, às 8hs (Processo n. 6710-91.2007.811.0007).

Em 2011

Três meses depois, executou a tiros Luiz Carlos Cavalcante e Rosimeire Zanco. Foi pronunciado por esses assassinatos em 6 de dezembro de 2013, com julgamento marcado para 16 de maio de 2014, às 8hs (Processo n. 6691-85.2007.811.0007).

Em dezembro de 2001, matou Celso Ferreira dos Santos e Vanda Ribeiro de Souza. Este processo se encontra ainda em fase inicial (Processo n. 6695-25.2007.811.0007).

Em 10 de outubro de 2013 foi recebida a denúncia pelo assassinato de Sirlene Ferreira de Souza (Processo n. 3069-37.2003.811.0007).

Em 30 de outubro de 2013 foi recebida a denúncia pelo assassinato de Maria Célia da Silva Santos (Processo n. 2481-59.2005.811.0007).

No dia 4 de novembro de 2013 foi recebida a denúncia pelo assassinato e ocultação do cadáver de Geyle Cristina da Silva Vieira, com audiência marcada para o dia 25 de março de 2014, às 13h45 (Processo n. 2482-44.2005.811.0007).

Em abril de 2010 ocorreu sua primeira condenação a 2 anos de prisão, por porte ilegal de armas. No dia 20 de maio de 2011, Cláudio foi levado a julgamento pelo assassinato de Maria de Fátima dos Santos e pela tentativa de assassinato de Wanderley Fingolo Rascado, fato ocorrido em 25 de janeiro de 2002, também em Alta Floresta. Foi condenado a 20 anos e 4 meses, em regime fechado.
No dia 10 de outubro de 2013 foi recebida a denúncia em face de Cláudio para responder a acusação quanto aos assassinatos de Antonio Batista de Souza Filho e Liania de Souza Alves (Processo n. 1844-50.2001.811.0007).

Em agosto deste ano (2013) teve o pedido de desaforamento (quanto ao primeiro crime – abril de 2001) para a comarca de Sinop negado, pois, os desembargadores entenderam que o julgamento pode ser realizado em Alta Floresta, local onde os crimes foram cometidos, sem comprometer a imparcialidade dos jurados. A defesa alega que há risco para a integridade física do acusado.

Vamos aguardar o desenrolar dos processos...

Fonte: Polícia Civil do Estado do Mato Grosso
           G1 Globo.com
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