domingo, 28 de setembro de 2014

HERBERTH WILLIAN MULLIN



Década de 70, Santa Cruz, Califórnia. Na mesma época e lugar em que outro notório serial killer estava em atividade, Edmund Kemper, Mullin cometia seus crimes e, segundo seu ponto de vista, eram a “única forma de evitar que um terremoto destruísse a Califórnia”...

Mullin nasceu em 18 de abril e 1947, filho de um veterano da 2ª Guerra Mundial, era extremamente inteligente e sensível, considerado por sua escola uma promessa do esporte... no entanto, aos 36 anos, apresentou-se como um esquizofrênico furioso e serial killer.



No verão após a formatura, um amigo próximo a Mullin – Dean Richardson – morreu em um acidente de carro. A partir de então, Mullin deu início a um comportamento estranho: construiu em seu quarto um santuário para o seu amigo morto e começou a ficar obcecado com reencarnação, religião e desastres iminentes. Começou a fazer uso de drogas e seu estado mental entrou em deterioração progressiva. Assustada, sua família e amigos procuraram ajuda e Mullin foi internado e diagnosticado como “esquizofrênico paranoico”, sendo liberado pouco tempo depois.

Mullin queixou-se de ouvir vozes e, vez ou outra, adotava personalidades diferentes: se declarava discípulo yoga, boxeador amador, hippie ou mexicano (usando um sombrero)... não demorou muito para dar início ao hobbie que o tornou conhecido: o assassinato.



Treze de outubro de 1972, Felton, Califórnia. Ao avistar um idoso sem-teto – Lawrence White, 55 anos – ao longo da via, parou, levantou o capô de seu carro, fingindo estar com problemas. Quando o idoso se aproximou para oferecer ajuda, Mullin o golpeou com um taco de beisebol até a morte. Ninguém se importou quando o homem foi encontrado alguns dias depois.

Depois, Mullin pegou uma jovem caroneira chamada Maria Guilfoyle, 24 anos, em Santa Cruz e a esfaqueou até a morte, abrindo seu corpo e retirando seus órgãos. Seu corpo só foi encontrado em fevereiro de 1973.



Em 2 de novembro de 1972, Mullin entrou em uma Igreja Católica de Los gatos e esfaqueou o padre Henri Tomei, 64 anos, dentro do confessionário.

No dia 25 de janeiro de 1973, em Santa Cruz, Mullin atirou em um traficante, James Gianera, 24 anos, e sua esposa Joan, 23 anos, na casa do casal. Depois, os esfaqueou repetidamente antes de sair para matar a tiros outra conhecida, Kathy Francis, 30 anos, e seus dois filhos, David Hughes (9 anos) e Daemon Francisco (4 anos), esfaqueando-os violentamente depois.

Em 10 de fevereiro foi um dia de azar para quatro adolescentes que se cruzaram com Mullin em um parque estadual – Robert Spector (18 anos), David Oliker (18 anos), Brian Scott Card (19 anos) e Mark Dreibelbis (19 anos). Os jovens montaram um acampamento no parque e convidaram Mullin ao avistá-lo vagando pela floresta... atirou em todos eles enquanto estavam sentados dentro da cabana. Descobriram os corpos uma semana depois... a cabana estava encharcada de sangue.

Pouco tempo depois, Mullin já havia feito outra vítima: em 13 de fevereiro, Fred Perez, 72 anos, estava trabalhando em sua garagem quando foi baleado e morto pelo assassino lunático... um vizinho testemunhou esse episódio e Mullin foi preso em pouco tempo.



Mullin afirmou aos policiais que ouvia vozes, incluindo a de seu pai, dando ordens para que ele matasse e que telepaticamente ganhou permissão dos quatro jovens da cabana para matá-los. Em alguns momentos Mullin vociferava e passava um tempo considerável anotando suas teorias distorcidas em um papel. Durante o seu julgamento, previsivelmente se disse inocente por insanidade.

Mullin, eventualmente, assumia sua defesa no Tribunal e dizia que “havia uma grande conspiração para que ele não viesse a se tornar uma pessoa muito poderosa em sua próxima vida”, uma de suas teorias sobre reencarnação. Ainda, como Einstein tinha morrido no dia de seu aniversário (aniversário de Mullin), ele era, portanto, o designado para ser o “líder de sua geração”. Os assassinatos? Foram consentidos pelas vítimas... “Todo homo sapiens se comunica telepaticamente, só que isso não é socialmente aceito”.


Apesar de todo esse circo, o júri o declarou são e culpado de dez assassinatos em agosto de 1973. Condenado à prisão perpétua e elegível para liberdade condicional em 2025.

Por conta da atuação de Edmund Kemper e Herberth Mullin em Santa Cruz, nessa mesma época, o local ficou conhecido como “Murderville, EUA”.

Em 2006, Mullin disse que queria voltar para casa, no Condado de Santa Cruz, morar em Boulder Creek e casar. No entanto, o Conselho da Penitenciária negou sua candidatura à possibilidade de pleitear a liberdade condicional.

Fonte: Murderpedia.org




Nenhum comentário:

Postar um comentário